Luanda, Angola, por Andrea
Quando pedi fotos aos amigos para postar neste blog, estava particularmente desejosa de receber fotos de Angola em particular e África em geral.
Nasci em Luanda depois da independência de Angola e deixei o país ainda bebé. Não conhecer o meu lugar de nascimento não me cortou a ligação ao local, pelo contrário, criou uma empatia especial e um desejo de conhecer ainda maior.
A minha “saudade” não é por uma pátria, uma vez que na minha cabeça e coração está bem claro que sou portuguesa. O sangue fala sempre mais alto e esse é português. Não havendo vivência e lembrança do local, não poderia ser de outra maneira.
Mas o local intriga-me sobretudo porque o que se vê e ouve na TV não é o que se ouve de quem lá viveu. Experimentem falar com quem viveu em Angola e terão a sensação que vos falam do paraíso. Essa foi sempre a minha experiência ao crescer.
Sei agora que a experiência actual não corresponde à experiência antes de 1976. Mas espanto dos espantos, apesar das dificuldades, as pessoas continuam a apaixonar-se perdidamente por África. Mesmo em casos sem ligação prévia, África arranjou maneira de se entranhar e chegar ao coração das pessoas. Estou à espera de chegar a minha vez de passar por essa experiência.
Uma das memórias de infância é precisamente ouvir o meu pai falar sobre as tempestades em Angola, violentas e breves. Por isso, mostrar-vos estas duas fotografias tinha todo o sentido.
Quando pedi fotos aos amigos para postar neste blog, estava particularmente desejosa de receber fotos de Angola em particular e África em geral.
Nasci em Luanda depois da independência de Angola e deixei o país ainda bebé. Não conhecer o meu lugar de nascimento não me cortou a ligação ao local, pelo contrário, criou uma empatia especial e um desejo de conhecer ainda maior.
A minha “saudade” não é por uma pátria, uma vez que na minha cabeça e coração está bem claro que sou portuguesa. O sangue fala sempre mais alto e esse é português. Não havendo vivência e lembrança do local, não poderia ser de outra maneira.
Mas o local intriga-me sobretudo porque o que se vê e ouve na TV não é o que se ouve de quem lá viveu. Experimentem falar com quem viveu em Angola e terão a sensação que vos falam do paraíso. Essa foi sempre a minha experiência ao crescer.
Sei agora que a experiência actual não corresponde à experiência antes de 1976. Mas espanto dos espantos, apesar das dificuldades, as pessoas continuam a apaixonar-se perdidamente por África. Mesmo em casos sem ligação prévia, África arranjou maneira de se entranhar e chegar ao coração das pessoas. Estou à espera de chegar a minha vez de passar por essa experiência.
Uma das memórias de infância é precisamente ouvir o meu pai falar sobre as tempestades em Angola, violentas e breves. Por isso, mostrar-vos estas duas fotografias tinha todo o sentido.
10 comentários:
Ouço falar o mesmo de Moçambique... :-)
Adorei as fotos.
Confesso que África que não é dos destinos que mais me atraem, mas sempre ouvi dizer que ninguém fica indiferente, mesmo não tendo qualquer ligação com esse continente, como é o meu caso.
Acho que terei de lá ir para pôr essa teoria à prova.
Si...o que se ouve de áfrica é de paraíso embora já nos chegue noticias da dura realidade que os nativos passam...a beleza fica mesmo pela natureza ainda selvagem.
Isto é de facto curioso. Também eu nasci em Luanda. Não tenho qualquer lembrança de Angola pois vim de lá muito pequena e confesso não sentir nem fascínio nem curiosidade em relação à terra onde nasci. Já a minha mãe, de sangue bem nortenho, apaixonou-se perdidamente por Angola e tem muitas saudades dos anos em que lá viveu. Essas histórias que sempre ouviste também eu cresci a ouvi-las. :)
Crow, eu tinha a ideia que era a mesma coisa para Moçambique, mas não quis arriscar-me a fazer a generalização.
Poderosa, não negues à partida um continente que não conheces. ALém de Angola, haveria sempre mais 2 ou três locais africanos que adoraria visitar. Assim de repente, estou-me a lembrar da África do Sul.
K, acho que África também sofre de preconceito. É certo que tem problemas, bem graves até, mas há países que são a excepção. Hei-de escrever mais a fundo sobre isso.
Velvetsatine, porque será que não estou surpreendida? Tenho uma professora que nunca esteve em África, mas é casada com alguém que nasceu e viveu lá muitos anos. Ela diz que as pessoas das colónias têm outra alegria de viver e outra forma de estar na vida. E talvez as filhos dessas pessoas tenham aprendido isso com elas. :)
Muito boas as fotos...
:) há laços que unem as pessoas sem elas se aperceberem... até que chega um pequeno momento de descoberta...
também cresci a ouvir histórias sobre Angola, incluindo as tempestades... no meu caso as histórias são mais ao sul - Lobito :O)
Minha cara Brilho da Lua, somos mais do que pensamos. Há alturas em que penso que metade de Portugal esteve em África.
A ligação de Portugal a África continua a ser forte por isso.
África não é a minha 'cena'... Talvez por não ter nenhum elo de ligação... E com tanto sítio no mundo, decididamente este continente não faz parte da minha "wishing list"....
Nem para ver os primos afastados do seu bicho peçonhento no Kruger Park?
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